A psicanálise e a escuta nos territórios

 

A Escuta nas Ruas  

As políticas sociais vivem uma importante crise. As transformações ocorridas no Brasil e no mundo exigem uma mudança de paradigma no trabalho. A cidade apresenta novos atores e novas questões que surgem do enfraquecimento do Estado, das ondas migratórias, do crime organizado, do desemprego, da ausência de moradia e da exaustão vivida pela população com a precariedade dos serviços urbanos como saúde, moradia, educação, transporte etc.

A psicanálise no mundo contemporâneo deve ir em direção à essas questões e contribuir efetivamente na compreensão e na abordagem da crise social. Esta é a razão pela qual se desenvolve a escuta do sujeito no território urbano, ou seja, nas ruas, nas favelas, nas comunidades, nas instituições. Esse trabalho clínico é denominado de “escuta territorial” e “psicanálise nas situações socais críticas”. Esse mergulho no laço do sujeito com a cidade pressupõe o trabalho articulado a outros campos do conhecimento, tais como a antropologia e geografia urbana, o urbanismo, as ciências sociais, a economia, entre outros.

Com a curadoria de Jorge Broide, o módulo propõe um diálogo entre diferentes saberes na busca de uma nova abordagem para o enfrentamento destas questões sociais vividas na atualidade. O espaço urbano expõe a céu aberto uma enorme crise de seus habitantes e de suas políticas sociais. De que forma o conhecimento e o trabalho articulado da psicanálise e das ciências humanas pode nos ajudar a encontrar caminhos para sair deste quadro? O que entendemos por psicanálise na cidade, a metodologia da escuta territorial e sua utilidade prática através de diferentes exemplos. Como a escuta no território da cidade pode identificar e entender quais são muitos dos laços mais profundos e inconscientes que o sujeito em crise constitui no e com o espaço urbano.

A urgência de escutar as ruas - Jorge Broide

O psicanalista e analista institucional, Jorge Broide, vai abrir a programação de outubro do Café Filosófico CPFL com o tema “A urgência de escutar as ruas”. Neste Café, Broide propõe que o espaço urbano evidencia uma crise de seus habitantes e de suas políticas sociais, discutindo de que maneira o conhecimento e o trabalho articulado da psicanálise e das ciências humanas podem ajudar a encontrar soluções para sair deste quadro. Ele vai abordar o que entendemos por psicanálise na cidade, a metodologia da escuta territorial e sua utilidade prática através de diferentes exemplos. 

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