2020: O ano do porco espinho

 

2020: O ano do porco espinho

Tal qual a fábula do porco espinho, sobrevivemos, não sem sustos, medos e oscilações. Chegamos ao último dia do ano porque resistimos aos porcos e também aos espinhos e quem diria, à coroa, neste quesito a diferença é que desta vez não há encenação da Independência, mas sim da necropolítica! Pioramos um pouco!

Em tempos modernos, a moral da estória já não é mais a mesma, os que aprenderam que a justa distância preserva, não estão mais seguros, pois só isto não basta para preservar a vida. Parece que desta vez fomos pegos, não sabemos nos unir, nem sermos solidários, aliás nisto estamos ainda nas duas primeiras letras.

Os marqueteiros do açúcar deram a dica, não captamos! A União faz a força!

Mas fazer a força não é coisa simples quando o desafio em questão nos encontra surdos aos apelos do coração, que nos mantem vivos, mas também nos une aos outros seres, sejam eles humanos, gatos ou pedras. Como você pode perceber, estamos habitados por uma desunião, nosso cérebro já não escuta mais nosso coração, seremos ainda humanos?

O que está lá fora, também está dentro. Em tempo algum estivemos tão conectados, mas também tão desconectados. A questão é, como reconectarmos à nossa humanidade?

Temos tarefas árduas pela frente, resistirmos aos porcos, aos espinhos, à coroa e superarmos esta desconexão que nos constitui. Sem o enfrentamento desta, as demais se dificultam.

Para encerrar, desejo à todos um Ótimo 2021 com muita saúde, resistência, resiliência, otimismo e força, para o necessário cuidado e preservação da vida, nosso bem maior! 

Resistamos!!

dez.20

 

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